Montante envolvidos:
Investimento total: 239.262,50€
Universidade do Porto 179.087,50€
Apoio FEDER: 152.224,38€
Apoio OE: 26.863,12€
INEB - Instituto Nacional de Engenharia Biomédica 42.987,50€
Apoio FEDER: 36.539,37€
Apoio OE: 6.448,13€
Laboratório Ibérico de Nanotecnologia (LIN) 17.187,50€
Apoio FEDER: 14.609,38€
Apoio OE: 2.578,12€
Localização do projeto: Norte, Portugal
Síntese do projeto:
Funcionalidades cada vez mais sofisticadas e biocompatibilidade melhorada têm promovido a aplicação de
dispositivos médicos ativos na prevenção e tratamento de várias patologias médicas. Os primeiros pacemakers datam do fim dos anos 50; novos métodos de administração de fármacos utilizam implantes subcutâneos; implantes retinianos ajudam a superar a cegueira; e implantes cerebrais podem ser usados para monitorizar e controlar patologias como tinnitus, Parkinson e incontinência. O seu uso é mesmo considerado semelhante à medicina química, tendo o termo eletroceutical sido cunhado para designar um ELECTROnic pharmaCEUTICAL capaz de aliviar ou mitigar um sintoma ou patologia.
Os implantes médicos eletrónicos ativos são a única tecnologia capaz de fornecer continuamente a terapia
medicamente necessária e têm contribuído para uma melhor compreensão dos processos biológicos que ocorrem no corpo humano, permitindo assim preservar e melhorar significativamente a qualidade de vida de muitos pacientes em todo o mundo.
O projeto NIMAs aborda dois domínios distintos de estimulação neural: a restauração da atividade somatossensorial interrompida e especificamente, a restauração da sensibilidade à pressão dentária recorrendo a um implante que transforma as forças mecânicas de oclusão em potenciais de ação tão natural quanto possível e a estimulação elétrica in-situ para a regeneração de nervos lesados, nomeadamente dos ligamentos cruzados do joelho.
As inovações para além do atual estado da arte compreendem: a incorporação de eletrónica biomédica e sensores no domínio da saúde bucal e regeneração nervosa, e aquelas trazidas pelos desenvolvimentos nos domínios científicos e técnicos envolvidos - energia e transmissão de dados dentro de tecidos, microbaterias, eletrónica multi-funcional multicamada, microeletrónica de muito baixa potência, revestimentos para biocompatibilidade, neuroengenharia e neurofisiologia.
O consórcio interdisciplinar NIMAs engloba engenheiros, médicos, cientistas de materiais, bioquímicos e especialistas em nanotecnologia. Os circuitos microeletrónicos, os estudos biomecânicos e a análise de sinais eletroencefalográficos serão desenvolvidos na FEUP. A equipa do INEB fornecerá soluções de engenharia aplicadas a biomateriais, regeneração de tecidos e nanomedicina. O INL contribui com tecnologias de investigação e fabricação em nanotecnologia, nanoelectrónica e nanomáquinas.