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Vesículas Extracelulares tumorais circulantes para deteção minimamente invasiva de doença residual mínima em doentes com leucemia mielóide aguda
PTDC/MEC-HEM/30457/2017 (POCI-01-0145-FEDER-030457)

Montante envolvidos:

Investimento total: 239.967,30€

Ipatimup – Instituto de Patologia e Imunologia Molecular da Universidade do Porto                 235.592,30€

Apoio FEDER:    96.253,46€                 

Apoio OE:         35.338,84€                             

 

INEB -  Instituto Nacional de Engenharia Biomédica                               1.875,00€

Apoio FEDER:    1.593,75€                   

Apoio OE:         281,25€          

 

Centro Hospitalar de São João, E.P.E.                                                    2.500,00€

Apoio FEDER:    2.125,00€                   

Apoio OE:         375,00€

 

Localização do projeto: Norte, Portugal

 

Síntese do projeto:

A maioria dos doentes com Leucemia Mielóide Aguda (AML) atinge remissão completa após quimioterapia (QT) de indução. Contudo, mais de metade terá recorrência. A deteção de doença residual mínima (MRD) permite a avaliação da resposta à QT e identificação de doentes com elevado risco de recorrência, contribuindo para decisões terapêuticas. Os níveis de MRD após QT têm sido correlacionados com recorrência e sobrevivência. 

Atualmente, a monitorização da MRD é possível através da deteção de células leucémicas remanescentes na medula óssea (BM) dos doentes. O PROBLEMA identificado reside na necessidade de avaliar diretamente a BM (aspirado/biópsia) ? um método invasivo, doloroso e desconfortável e com elevados custos financeiros. Este é um fator limitante na frequência de monitorização da MRD. A identificação de biomarcadores de MRD no sangue periférico (PB) dos doentes permitiria uma monitorização minimamente invasiva da MRD, não necessitando de avaliação da BM. Neste projeto PROPOMOS desenvolver um método minimamente invasivo para deteção de MRD em doentes com AML, mediante a análise de biomarcadores de MRD, já estabelecidos na rotina clinica, em vesículas extracelulares circulantes de origem tumoral (CTEVs).

As EVs são segregadas por todas as células. O seu conteúdo é selecionado pela célula de origem e pode incluir proteínas, mRNAs, microRNAs ou fragmentos de DNA. As EVs têm sido encaradas como uma fonte de biomarcadores em diversas patologias incluindo no cancro, tendo várias VANTAGENS: i) são muito mais abundantes nos fluidos biológicos do que as células tumorais circulantes; ii) protegem o seu conteúdo molecular da degradação e; (iii) podem ser portadoras de perfis moleculares associados a fenótipos específicos.  

A realização deste estudo tem APROVAÇÃO ÉTICA por parte do CHSJ.

O projecto tem 4 TAREFAS:

1) Isolamento e caracterização de EVs circulantes de doentes com AML; 2) Deteção de biomarcadores de MRD nas EVs; 3) Isolamento de EVs derivadas de células leucémicas, de forma a aumentar a sensibilidade da deteção em plasma de biomarcadores de MRD; 4) Identificação de novos biomarcadores de MRD através de análise proteómica completa de alto rendimento.

É EXPECTÁVEL o desenvolvimento de um método de deteção de MRD nas CTEVs, com vantagens relativas aos métodos ?standard? que requerem análise da BM. Adicionalmente, é EXPECTÁVEL que isto permita uma monitorização mais frequente da MRD na AML, que poderá auxiliar decisões clínicas.