Montante envolvidos:
Investimento total: 199.752,00€
INEB - Instituto Nacional de Engenharia Biomédica 150.744,00€
Apoio FEDER: 128.132,40€
Apoio OE: 22.611,60€
Ipatimup – Instituto de Patologia e Imunologia Molecular da Universidade do Porto 49.008,00€
Apoio FEDER: 41.656,80€
Apoio OE: 7.351,20€
Localização do projecto: Norte, Portugal
Sintese do projecto:
Em 2012 foram diagnosticados 14 milhões de casos de cancro e 8 milhões de pessoas morreram vítimas de cancro (GLOBOCAN, 20012). Estes números indicam que o atual conhecimento não representa uma solução para este problema de saúde da sociedade moderna. O insucesso clínico das terapias do cancro estará relacionado com o uso de terapias direcionadas apenas para os tumores primários e não para os clones metastáticos, que são os responsáveis pela morte de mais de 90% dos doentes com cancro. Os avanços científicos no entendimento da metastização revelam uma nova era na terapia para o cancro. As estratégias terapêuticas contra as metáteses devem não só atingir as células metastáticas mas também o seu microambiente de suporte, que inclui a matriz extracelular (MEC).
A transição epitelio-mesenquimal (TEM), através da qual células de tipo epitelial (E) adquirem uma identidade mesenquimal (M), é crucial para os processos de invasão em cancro; e a reversão deste fenótipo é decisiva para o estabelecimento metástases. Estudos recentes sugerem que a MEC tumoral desempenha um papel fundamental na promoção/inibição/reversão da TEM. No entanto, os mecanismos subjacentes ainda são mal compreendidos e continuam a ser uma área de investigação ativa.
Nessa proposta, pretendemos estabelecer um novo modelo in vitro de EMT e sua reversão – combinado linhas de células epiteliais induzidos, matrizes 3D com propriedades moldáveis, e uma plataforma biotecnológica para análise de alto rendimento – com o objetivo de: 1) definir as características moleculares e migratórias de células invasoras e respetiva matriz; 2) analisar de que modo as células E, M e TS percecionam o microambiente e reagem à matriz envolvente; e 3) entender como fatores do microambiente podem induzir ou reverter a TEM. Acreditamos que tal modelo, onde as interações célula-matriz pode ser precisamente moduladas de forma sistemática, vai melhorar muito o conhecimento atual nesta área e levar à identificação de possíveis alvos para terapias anti-cancerígenas mais eficazes.
